A maioria dos casos de câncer de mama (cerca de 80%) acontecem em mulheres sem nenhum fator de risco para a doença. No entanto, algumas mulheres, principalmente as que possuem casos de câncer de mama na família, podem apresentar um risco mais elevado (igual ou maior a 20% ao longo da vida) de vir a desenvolver um câncer de mama. Outras características de alto risco são:
- Mutação nos genes BRCA 1/2;
- História de irradiação torácica dos 10 aos 30 anos de idade;
- Forte história familiar;
- Hiperplasia atípica;
- Biópsia com câncer lobular in situ;
- Mamas extremamente densas;
- Origem judaica Ashkenazi
Nesses casos, a identificação dessas pacientes, através da estratificação do risco e realização dos painéis hereditários (testes genéticos), quando indicados, permitem selecionar quais pacientes podem se beneficiar das medidas de vigilância e prevenção, aliadas às medidas comportamentais redutoras de risco, para minimizar a chance da doença se estabelecer.
Identificar pacientes de alto risco é importante para:
- Identificar portadores assintomáticos entre familiares.
- Planejar medidas de vigilância e prevenção.
- Fazer o diagnóstico precoce.
- Reduzir morbidade e mortalidade.
Em outras palavras, isso tudo significa que se a paciente é de alto risco para câncer de mama, conhecer este risco fará com que ela seja acompanhada mais de perto, podendo discutir medidas de redução do risco como a mastectomia profilática, ou o tratamento medicamentoso, ou ainda, apenas para acompanhamento com exames adequados e estilo de vida saudável.