Em um estudo chamado “The Nurses’ Health Study II” publicado em março deste ano, pesquisadores avaliaram a ingestão de fibras durante a adolescência e idade adulta jovem e sua relação com o aparecimento de câncer de mama. Mulheres que tinham o maior consumo de fibras tiveram uma redução no risco de 25% comparadas as que consumiam a menor quantidade de fibras. Houve redução de 13% no risco de câncer de mama a cada aumento de 10g/dia de fibras durante a idade adulta jovem e redução de 14% no risco a cada aumento de 10g/dia de fibras, durante a adolescência.
Vários mecanismos biológicos explicam o beneficio das fibras na dieta:
- Fibras reduzem o risco através de melhora na sensibilidade à insulina,
- Redução de fatores de crescimento semelhantes a insulina.
- Fibras diminuem os níveis plasmáticos de estrógeno por aumentar a sua excreção fecal.
O estudo concluiu que ingerir grandes quantidades de fibras reduz o risco de câncer de mama. Os resultados do estudo estão de acordo com os guidelines da American Cancer Society para o consumo de alimentos ricos em fibras como frutas, vegetais e grãos integrais, e indicam a importância de adotar essas escolhas alimentares durante infância e adolescência.
A questão é: como aumentar meu consumo de fibras de forma satisfatória?
Apenas aumentando a quantidade de frutas e verduras não se consegue chegar em uma quantidade adequada de 25/30g de fibras/dia. É preciso substituir proteína animal por proteína vegetal.
Leite, ovos, queijos, frango, carnes e peixe não contem nenhuma fibra. Já feijões, ervilhas, lentilhas, grão-de-bico, cereais integrais, sementes e castanhas, entre outros, além de conterem proteínas ainda apresentam grandes quantidades de fibras, conferindo diminuição no risco de câncer de mama e também de outras doenças. E quanto mais cedo começar, melhor.
Fonte: http://pediatrics.aappublications.org/content/137/3/e20151226.long#T1